Uma confusão provocada por reclamações de som alto terminou em injúria racial e agressões físicas na cidade de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, na manhã dessa quarta-feira (5). O caso envolveu duas irmãs e uma mulher que, segundo testemunhas, teria feito ofensas racistas durante a briga.
De acordo com o relato das vítimas à Polícia Militar, a confusão começou quando uma das irmãs foi até um bar, localizado em frente à casa onde mora, para pedir que o volume do som fosse reduzido. Ela afirmou que o barulho estava incomodando, especialmente porque vive com a mãe doente e um sobrinho autista.
Ao fazer o pedido, a suspeita reagiu de forma agressiva e passou a proferir insultos racistas, chamando a mulher de “macaca” e dizendo que “não gostava de negros”. Mesmo após as ofensas, o som permaneceu ligado.
Diante da situação, a outra irmã tentou intervir, questionando o comportamento da suspeita. Nesse momento, a discussão se transformou em briga física, com puxões de cabelo e trocas de empurrões.
Quando a polícia chegou ao local, as mulheres envolvidas apresentavam lesões leves, como marcas de unha e vermelhidão nos braços. A ocorrência foi registrada na Central de Polícia Civil de Arapiraca, e um Termo Circunstanciado de Ocorrência (T.C.O.) foi lavrado por lesão corporal.
Apesar da gravidade das ofensas, ninguém foi preso. A mulher que sofreu injúria racial não foi localizada pela equipe policial, e o caso deverá ser encaminhado para investigação posterior.
A Polícia Civil reforçou que crimes de injúria racial são inaceitáveis e passíveis de pena de reclusão, e destacou a importância de registrar denúncias sempre que houver situações de preconceito ou discriminação.