A Polícia Científica de Alagoas confirmou, por meio de exame de DNA, que o corpo encontrado em avançado estado de decomposição na área da Cachoeira do Meirim, no bairro Benedito Bentes, em Maceió, pertence à jovem Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos. O resultado da análise, realizada no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística, foi finalizado e encaminhado às autoridades competentes nesta sexta-feira (14).
De acordo com a perita criminal Bárbara Fonseca, chefe do laboratório e responsável pelo processo, a identificação foi possível após a comparação genética entre amostras da vítima e material biológico de sua mãe. A confirmação encerra semanas de espera da família, que agora poderá iniciar os procedimentos para liberação e sepultamento do corpo.
Segundo a perita, o estado de decomposição impossibilitou técnicas iniciais de identificação, como a análise de impressões digitais e o estudo odontolegal. Diante disso, a equipe recorreu ao exame de DNA, utilizando protocolos específicos para tratar materiais biológicos degradados, o que exigiu precisão técnica e procedimentos detalhados.
A Polícia Científica reforçou que continuará colaborando com as investigações, garantindo suporte às autoridades e atuando para esclarecer os fatos com transparência e rigor técnico.
Desaparecimento e investigação
Crislany e sua filha, Celine Raíssa, desapareceram em 12 de outubro, em Rio Largo, após a jovem informar que sairia de casa rapidamente. Familiares relataram posteriormente que ela vinha recebendo ameaças. O principal suspeito foi preso no dia 20 de outubro e indicou à polícia o local onde o corpo teria sido deixado.
Na mesma área de mata, foram encontrados objetos que pertenciam à bebê, reforçando a suspeita de que ela também estivesse no local. A Polícia Civil, no entanto, considera improvável encontrar o corpo da criança, pois vestígios apontam que animais podem ter devorado os restos mortais.
A Justiça converteu a prisão em flagrante do suspeito para prisão preventiva dois dias após sua captura. As investigações apontam que o crime pode estar relacionado a um triângulo amoroso envolvendo o homem detido e o companheiro da vítima.
A bebê Celine, de apenas dois meses, segue desaparecida.
