A Polícia Civil de Alagoas abriu investigação para apurar se Manuela, jovem que publicou um vídeo nas redes sociais assumindo a responsabilidade, é realmente a condutora envolvida no atropelamento que resultou na morte de um indígena e deixou outro ferido, ocorrido no dia 8, na BR-101, em Joaquim Gomes.

O acidente atingiu dois integrantes da comunidade indígena Wassu Cocal, identificados como Charles, que não resistiu aos ferimentos, e Carlos, que sobreviveu. Conforme relatos da polícia, as vítimas caminhavam às margens da rodovia quando foram atingidas por um veículo em alta velocidade, que deixou o local sem prestar socorro. Inicialmente, outro homem presente no carro era apontado como o principal suspeito, mas a confissão de Manuela pode alterar o rumo das investigações.

O delegado Rubens Cerqueira, responsável pelo caso, informou que irá ouvir duas testemunhas que estavam próximas do local no momento do atropelamento, para esclarecer as circunstâncias do acidente.

Nas redes sociais, internautas questionaram a veracidade da confissão, sugerindo que Manuela poderia estar encobrindo o verdadeiro motorista, identificado como Henrique.

No vídeo publicado, a jovem afirma que perdeu o controle do veículo ao passar por um buraco na pista, atingindo os dois homens no acostamento. Ela relatou ainda que tentou sair do carro após o impacto, mas a porta do passageiro travou, sendo necessário que ambos saíssem pela porta do motorista.

“Sou estudante e nunca quis fazer mal a ninguém. Sei que tirei a vida de uma pessoa, mas também arruinei a minha”, disse Manuela no vídeo.

O episódio gerou indignação entre membros da comunidade Wassu Cocal, que realizaram um protesto e chegaram a bloquear a BR-101 em manifestação contra a fuga dos ocupantes do carro.