Depois de dias de angústia e incerteza, a família de Manoel Dantas da Silva, de 66 anos, pôde finalmente respirar aliviada. O idoso, que estava desaparecido desde 29 de outubro, foi localizado na última quinta-feira (6) internado no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Ele havia sido admitido na unidade sob o nome de “Antônio da Silva”, após ser socorrido pelo Samu em Marechal Deodoro com um ferimento grave causado por arma branca.
A confusão começou quando Manoel foi levado ao hospital sem documentos e, por isso, recebeu uma identificação provisória. Enquanto a família percorria delegacias e hospitais à procura de notícias, o idoso permanecia internado, sem que ninguém soubesse sua verdadeira identidade.
A descoberta do paradeiro de Manoel aconteceu de forma inesperada. Josefa Feitosa, assistente social do Hospital Regional da Mata (HRM), recebeu do Serviço Social do HGE a foto do documento do paciente sem identificação familiar. Ao olhar a imagem, ela reconheceu imediatamente o tio desaparecido.
“Foi um alívio imenso! Assim que percebi que era ele, entrei em contato com minha família e todos comemoramos muito. Viajamos para Maceió e encontramos meu tio recebendo todos os cuidados necessários. A equipe do hospital foi extremamente atenciosa”, contou Josefa, emocionada.
Com o apoio do Instituto de Identificação de Alagoas, a equipe do HGE confirmou a verdadeira identidade de Manoel por meio de um exame de papiloscopia, técnica que compara impressões digitais com registros oficiais. O procedimento permitiu corrigir o nome do paciente e localizar seus familiares.
“Esse trabalho em conjunto entre os hospitais e o Instituto de Identificação foi fundamental. Conseguimos restabelecer o vínculo familiar de um paciente que estava vulnerável e sem informações”, explicou a assistente social do HGE, Luciana Paula.
Ainda não há detalhes sobre o que aconteceu entre o desaparecimento e o momento em que Manoel foi encontrado ferido. A Polícia Civil de Alagoas investiga as circunstâncias da agressão e como ele percorreu mais de 100 quilômetros desde o local onde foi visto pela última vez.
Para a família, o reencontro é motivo de grande emoção e esperança. “Agora, sim, vamos poder ter um Natal em paz. Meu irmão está vivo e vai se recuperar. Quero levá-lo para casa e cuidar dele com todo o carinho do mundo”, afirmou Josefa Sousa Silva, irmã do idoso.
O caso reforça a importância da integração entre os serviços públicos de saúde e identificação, que, juntos, devolveram uma história, um nome e uma família a Manoel Dantas da Silva.