O ex-deputado estadual e ex-presidente do PT de São Paulo, Paulo Frateschi, de 75 anos, foi morto a facadas nesta quinta-feira (6), em sua casa, na região da Lapa, zona oeste da capital paulista. O autor do crime foi o filho dele, Francisco Frateschi, de 34 anos, que, segundo a polícia, teria sofrido um surto.
De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares encontraram o ex-deputado caído na cozinha, com ferimentos no abdômen e no braço. Ele foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu. A esposa de Paulo, Iolanda Maux, também foi agredida e sofreu fratura em um dos braços, sendo atendida na UPA da Lapa.
O filho foi detido em flagrante e levado à delegacia. A Polícia Civil trata o caso como violência doméstica com resultado de morte e apura as circunstâncias do surto relatado pelos familiares.
Paulo Frateschi teve uma trajetória política marcada pela militância no Partido dos Trabalhadores (PT). Foi dirigente histórico da sigla, amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e organizador das caravanas realizadas por ele em 2018, antes da prisão em Curitiba.
Durante a ditadura militar, Frateschi atuou na Ação Libertadora Nacional (ALN) e chegou a ser preso em 1969, aos 19 anos. Com a redemocratização, foi anistiado e continuou sua militância política.
Nos últimos anos, o ex-deputado enfrentava problemas de saúde e estava em tratamento contra um câncer. Ele já havia perdido dois filhos em acidentes automobilísticos, um em 2002 e outro em 2003.
O PT divulgou nota lamentando a morte e destacando o legado de Frateschi na defesa da justiça social e da democracia.