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Microsoft encerra suporte ao Windows 10 e deixa milhões sem proteção

Reprodução/Unsplash

A Microsoft anunciou oficialmente o fim do suporte ao Windows 10 nesta terça-feira (14), marcando o encerramento de uma era que começou em 2015. A partir de agora, o sistema operacional não receberá mais atualizações de segurança, melhorias de desempenho nem assistência técnica oficial. A recomendação da empresa é que os usuários façam a migração para o Windows 11, lançado em 2021.

O principal problema é que muitos computadores não cumprem os requisitos exigidos para rodar o novo sistema. Para esses casos, a Microsoft criou um programa pago de atualizações estendidas, com duração de um ano e custo de aproximadamente US$ 30 (R$ 163). Ainda assim, a medida tem sido vista como insuficiente diante do número expressivo de usuários afetados.

Milhões ainda dependem do Windows 10

Levantamentos independentes apontam que cerca de 650 milhões de pessoas ainda utilizavam o Windows 10 até agosto. Estimativas indicam que até 400 milhões de dispositivos não atendem aos requisitos mínimos do Windows 11, o que pode deixá-los vulneráveis ou forçar o descarte precoce.

Protestos e críticas à Microsoft

A decisão da empresa provocou reação de entidades de defesa do consumidor em diferentes países. Nos Estados Unidos, a Consumer Reports classificou a medida como “prematura”, destacando que PCs incompatíveis com o novo sistema ainda foram vendidos recentemente. Já na França, um grupo com 22 associações lançou uma petição pedindo que as atualizações gratuitas continuem até 2030.

Riscos de segurança e funcionamento

Especialistas em cibersegurança alertam que permanecer no Windows 10 representa um risco crescente. Sem atualizações, o sistema se torna mais suscetível a ataques, malwares e falhas exploradas por hackers.

“O Windows 10 tende a virar um alvo preferencial dos cibercriminosos, já que as brechas não serão mais corrigidas”, explica Martin Kraemer, analista da KnowBe4.

Além das ameaças virtuais, há também o risco de incompatibilidade de softwares. Sem suporte contínuo, muitos aplicativos podem deixar de funcionar corretamente, comprometendo a produtividade e a segurança dos usuários.

Antivírus e alternativas possíveis

Embora antivírus possam oferecer alguma proteção, especialistas alertam que eles não substituem as atualizações oficiais. “É uma medida paliativa, que apenas adia o problema”, afirma Paddy Harrington, consultor da Forrester.

Para quem não puder migrar para o Windows 11, o Linux surge como alternativa viável, gratuito, estável e compatível com diversos programas.

Com o fim do suporte, o Windows 10 entra para a lista de sistemas descontinuados da Microsoft, encerrando uma década de protagonismo e reforçando a transição definitiva para uma nova geração de software.

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